domingo, 18 de outubro de 2009

Segundo poema da triologia dedicada ao Povo Guarani

«Povo Guarani, Grande Povo»

Avá Guarani, eu te saúdo!
Sou cara pálida, homem civilizado
Teus quatro séculos de existência
Relembro agora o teu passado.

Quem és tu, cara pálida?
Eu venho do Norte e d’ Oeste
Sou da floresta, homem verdadeiro
Habito rios de prata e sigo para Leste.

Eu, cara pálida, te peço perdão.
Carrego as algemas da História
Venho do tempo dos bandeirantes,
De encomenderos exalo memória.

Ah, cara pálida, se tu soubesses…
Quando enlaço fios de cipó ao vento
E talho estátuas de madeira e dor
Minhas mãos são veteranas do lamento

Eu, cara pálida, te respeito
Adopto teu lema, sábio irmão
Respeito às pessoas e à natureza
E, reverente, te estendo a mão.

Aceito teu gesto, cara pálida.
Firmo contigo pacto de amizade.
Mas sigo sendo guerreiro indomável,
Povo livre com tempestade.

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