terça-feira, 6 de outubro de 2009

Alentejo

Oiço as histórias das azinheiras
Nas veredas do caminho.

As badaladas do sino férreo
Que emudeceu de velho.

Cont0 as pulgas que povoam
O rafeiro cor de mel.

Pago a garrafa bojuda
Do licor doce do tempo.

Pinto o ocre da janela
Na quentura do verão.

Inalo o aroma a cavalo
Na feira de todos os dias.

Saboreio o rio na boga
Das migas da minha saudade.

Toco a alvura da casa
Que dá cor à paisagem.

E fecho os olhos tranquila
Na visão do Além-Tejo.

06/08/2009

4 comentários:

  1. Humm,lá consegui descobrir o blog.
    Parabéns e espero que seja para continuar.
    Já adicionei aos favoritos, para dar uma espreitadela de "quando em vez".

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  2. Obrigado. Pode sempre comentar quando quiser....

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  3. A Ana Paula é uma das pessoas que preservo na minha vida como exemplo de sensibilidade e de muito saber. É ela que através da escrita, nos coloca a pensar pelo seu bom gosto, pelo sentido do seu conteúdo, fruto da seriedade, profissionalimo e de um Ser que erradia o bem. Força Amiga. Joaquim Santos - Colmeias

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  4. Fico até sem jeito para comentar as tuas palavras. Não agradeço, pois a amizade não se agradece, retribui-se. Continua a «ancorar» a tua vida. Em breve falaremos.

    Beijos
    Ana Mabrouk

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