sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Como gostava que este poema fosse meu!!!!

Às vezes encontramos um poema que nos define tão bem e o "chato" é que já tem autoria. Este foi escrito por alguém que ainda conheci ao vivo e a cores e que vale a pena ler.

Nota: Só para escritores e visionários


FICHA

Poeta, sim, poeta…
É o meu nome.
Um nome de baptismo
Sem padrinhos…
O nome do meu próprio nascimento…
O nome que ouvi sempre nos caminhos
Por onde me levava o sofrimento…

Poeta, sem mais nada.
Sem nenhum apelido.
Um nome temerário,
Que enfrenta, solitário,
A solidão.
Uma estranha mistura
De praga e de gemido à mesma altura.
O eco de uma surda vibração.


Poeta, como santo, ou assassino, ou rei.
Condição,
Profissão,
Identidade,
Numa palavra só, velha e sagrada,
Pela mão do destino, sem piedade,
Na minha própria carne tatuada.

Miguel Torga

2 comentários:

  1. Gostei muito / e por certo continuarei a gostar) do seu blogue.
    Continue a escrever ainda que não seja todos os dias do mês.
    Também tenho uma "espécie" de blogue, se bem que um pouco mais velho. Chama-se "DO CASTELO" e pode visitá-lo em www.avisense.blogspot.com
    Poderá contactar-me através de: oamigofernando@gmail.com
    Cumprimentos e saudações culturais (até dia 24) do amigo
    Fernando Máximo/Avis

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  2. Obrigada pelo apoio. Lá nos encontraremos em Avis.

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