sexta-feira, 30 de outubro de 2009

1º poema da triologia dedicada ao mito da Atlântida


Atlântida I


Ilha abençoada, disse Platão
De beleza e de encantos mil
Grávida de sonhos e prados
Aroma ébrio, destino vil.
Portos e docas, muralhas altas
Anéis de terra e anéis de mar
Duas fontes ao toque divergentes
Banham termas a espreguiçar
Templo proibido, cume de colina
De estátuas preciosas adornado
Magnífico cume, corola real
A Posídon e Cleito consagrado.



Reino perdido, disse Platão
Civilização que se afundou no mar
Próspera e célebre entre as nações
Nação decadente, triste findar
Histórias do ateniense Sólon
De sacerdotes egípcios lendas
Caos infinito, travo sedento
Engolida num dia nas calendas
Explosão vulcânica, maremoto
Catástrofe humana em tempo ido
Onde jazes tu agora, em que profundezas
Ilha abençoada, reino perdido?

Ana Paula Mabrouk (texto e fotografia)

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