no rescaldo do 3º Encontro com Escritores da Lusofonia, deixo-vos com as palavras do escritor Cabo-verdiano Filinto Elísio Silva.
1. Não será por aí que a crítica, tão necessária quão urgente, se deva impor aos dias das artes e das letras. Deste modo «apressado», não se infere a razão, nem se afirma a justiça. Impõe-se que tudo se faça límpida que nem «água da lagoa» sobre essa minha participação e a de Márcia Souto, na 3ª edição do Encontro com os Escritores da Lusofonia, organizado pelo AECODE.
2. Antes de mais, o esclarecimento de que fora um «encontro com escritores» (não necessariamente «de» escritores), alistando quem quisesse participar, aceitando quem fosse convidado e se predispusesse a assumir os encargos). Assim, inscrições abertas, foram muitos os escritores que ali se reuniram dos vários países lusófonos (não em paranóias de representação oficial), mas cada um (em seu fazer estético de língua portuguesa) a falar por si e das suas vivências. Outrossim, não em defensiva, nem em ofensiva, todos nós participámos por nossa «conta e risco» no diálogo com os nossos confrades de diversas paragens, em caso nosso, um dando autógrafos do seu nono livro e outro lançando o seu primeiro livro, aí pelas margens do Mondego.
3. O diálogo, centrado e orientado para o labor individual e as preocupações que temos tido com as edições, publicações e distribuições das nossas obras (e dos nossos confrades nesse mundo grande, cabendo todos), com momentos de trocas de textos e de afectos, que realmente, sempre que se queira e se possa (já que não se pode, embora se queira sempre, ir a todas para as gratas aprendizagens) e nunca à fugaz passarela da feira das vaidades. Estando nos circuitos e não nos esquemas, temos recusado muitos convites já que não recorremos aos apoios e patrocínios para os atender, nem temos ocasião sabática (nem suficiente vil metal para estar em tantas).
4. Entrementes, é a tertúlia e o labor das artes e das letras que nos movem. É a movida artística que nos apaixona e afina as escolhas. E é nisso que sabemos estar e pretendemos fazer, doravante com mais frequência, senão mesmo sistemática. Devotos, ascetas e peregrinos das escritas criativas. Franciscanamente, estetas. Juntos, sem lenço, nem documento, vamos por caminhos autónomos, mas convergentes, na pulsação dos nossos batimentos cardíacos e por esse caminho de pedras literárias, não em polémicas fáceis, nem em questionamentos de vulgata. O intelectual, a estas horas de opção tomada, terá de estar participante, inquieto e instigante em assaz sinfonia.
5. Voltando a Montemor-o-Velho, eis que nos agradou aprender as técnica de fazer papel e de como extrair a celulose do arroz, eis que nos encantaram os textos lidos nos três momentos, eis que ali pudemos encher a boca para falar de Manoel de Barros e de Mário Fonseca, como de Luís de Camões e de Mia Couto, eis que acolá agradecemos a oportunidade de gizar os folguedos do imaginário nosso, eis que não nos arrependemos de haver submetido à AECODE o nosso desejo de participar e de o termos feito...às custas nossas!
2. Antes de mais, o esclarecimento de que fora um «encontro com escritores» (não necessariamente «de» escritores), alistando quem quisesse participar, aceitando quem fosse convidado e se predispusesse a assumir os encargos). Assim, inscrições abertas, foram muitos os escritores que ali se reuniram dos vários países lusófonos (não em paranóias de representação oficial), mas cada um (em seu fazer estético de língua portuguesa) a falar por si e das suas vivências. Outrossim, não em defensiva, nem em ofensiva, todos nós participámos por nossa «conta e risco» no diálogo com os nossos confrades de diversas paragens, em caso nosso, um dando autógrafos do seu nono livro e outro lançando o seu primeiro livro, aí pelas margens do Mondego.
3. O diálogo, centrado e orientado para o labor individual e as preocupações que temos tido com as edições, publicações e distribuições das nossas obras (e dos nossos confrades nesse mundo grande, cabendo todos), com momentos de trocas de textos e de afectos, que realmente, sempre que se queira e se possa (já que não se pode, embora se queira sempre, ir a todas para as gratas aprendizagens) e nunca à fugaz passarela da feira das vaidades. Estando nos circuitos e não nos esquemas, temos recusado muitos convites já que não recorremos aos apoios e patrocínios para os atender, nem temos ocasião sabática (nem suficiente vil metal para estar em tantas).
4. Entrementes, é a tertúlia e o labor das artes e das letras que nos movem. É a movida artística que nos apaixona e afina as escolhas. E é nisso que sabemos estar e pretendemos fazer, doravante com mais frequência, senão mesmo sistemática. Devotos, ascetas e peregrinos das escritas criativas. Franciscanamente, estetas. Juntos, sem lenço, nem documento, vamos por caminhos autónomos, mas convergentes, na pulsação dos nossos batimentos cardíacos e por esse caminho de pedras literárias, não em polémicas fáceis, nem em questionamentos de vulgata. O intelectual, a estas horas de opção tomada, terá de estar participante, inquieto e instigante em assaz sinfonia.
5. Voltando a Montemor-o-Velho, eis que nos agradou aprender as técnica de fazer papel e de como extrair a celulose do arroz, eis que nos encantaram os textos lidos nos três momentos, eis que ali pudemos encher a boca para falar de Manoel de Barros e de Mário Fonseca, como de Luís de Camões e de Mia Couto, eis que acolá agradecemos a oportunidade de gizar os folguedos do imaginário nosso, eis que não nos arrependemos de haver submetido à AECODE o nosso desejo de participar e de o termos feito...às custas nossas!
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