Este blogue pretende dar a conhecer a actividade literária da escritora Ana Paula Mabrouk e conversar sobre literatura
sábado, 1 de dezembro de 2012
Passeio as palavras sem trela
Passeio as plavras
sem trela
como fossem
animais de estimação
e deixo-as correr...
livres
não são palavras apenas
mas sensações
desejos, medos, alegrias
sentidos e vivências
providas do gesto
que ao ler se adivinha
se descobre
se sonha...
mais que passear
as palavras
são elas que me passeam
por dentro e por fora
e sem pedirem licença
me possuem
corpo e alma
até ao ultimo verso
ou até ao último alento!...
Maria Mamede
in Por amor às palavras
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Por amor às palavras de Maria Mamede
Decorreu no Hotel Moliceiro, em Aveiro, no dia 24 de novembro, uma sessão de divulgação da obra Por amor às palavras de Maria Mamede.
A sessão contou com a presença do editor da Edium Editores, A.S. Castelo Branco, o Professor António M. Oliveira, prefaciador e apresentador da obra, o acompanhamento musical de Adelino C. Sobral (magnífica voz e seleção de músicas) e com a declamação de poemas por seis elementos do Grupo Poético de Aveiro de Aveiro: Rita Capucho, Orlando Figueiredo, Ana Paula Mabrouk, José Ferreira, Virgília Almeida e Sérgio Azeredo. Ficam aqui algumas fotos.
Deixo um dos meus poemas favoritos deste livro.
O cais está apinhado de veleiros
e as andorinhas
trouxeram palavras
no bico...
no meu regaço caiu
a palavra saudade
enquanto vertia
a última lágrima da noite!
A sessão contou com a presença do editor da Edium Editores, A.S. Castelo Branco, o Professor António M. Oliveira, prefaciador e apresentador da obra, o acompanhamento musical de Adelino C. Sobral (magnífica voz e seleção de músicas) e com a declamação de poemas por seis elementos do Grupo Poético de Aveiro de Aveiro: Rita Capucho, Orlando Figueiredo, Ana Paula Mabrouk, José Ferreira, Virgília Almeida e Sérgio Azeredo. Ficam aqui algumas fotos.
Deixo um dos meus poemas favoritos deste livro.
O cais está apinhado de veleiros
e as andorinhas
trouxeram palavras
no bico...
no meu regaço caiu
a palavra saudade
enquanto vertia
a última lágrima da noite!
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Um sábado repleto de cultura
Caros amigos e leitores,
há ocasiões na nossa vida em que parece que tudo acontece ao mesmo tempo.
Assim foi este sábado, dia 10 de novembro.
Na parte da tarde, pelas 15.30
horas, no Museu de Aveiro teve lugar a divulgação dos vencedores e entrega dos
prémios do Concurso “Aveiro Jovem Criador 2012”, do qual fiz parte do júri do prémio de literatura.
há ocasiões na nossa vida em que parece que tudo acontece ao mesmo tempo.
Assim foi este sábado, dia 10 de novembro.
Estive na quinta sessão da Comunidade de Leitores “Paixões
Literárias partilhadas” com leituras e reflexões sobre o livro “Vozes Anoitecidas” de Mia Couto, pelas 11.00 horas na
Biblioteca Municipal de Aveiro. Teve entrada livre.
Organizada pelo Grupo
Poético de Aveiro e Câmara Municipal de Aveiro, a atividade foi moderada por
Maria Alice Sarabando. Neste encontro de partilha e reflexões, o livro que
serviu de ponto de partida foi “Vozes Anoitecidas” da autoria de Mia Couto. A
sessão foi aberta a todos os interessados pela temática da literatura que
pretendam trocar impressões sobre a referida obra literária.
O Autor – Mia Couto
Mia Couto nasceu na Beira, Moçambique, em 1955. Foi jornalista. É professor, biólogo, escritor. Os seus livros valeram-lhe prémios e distinções prestigiantes, por exemplo, “Terra Sonâmbula” foi considerado um dos 12 melhores livros africanos do século XX e, em 1999, o Prémio Vergílio Ferreira pelo conjunto da sua obra que, entre breve incursão pela poesia (Raiz de Orvalho), crónicas e pequenos contos, e romance, conta com dezenas de títulos.
Mia Couto nasceu na Beira, Moçambique, em 1955. Foi jornalista. É professor, biólogo, escritor. Os seus livros valeram-lhe prémios e distinções prestigiantes, por exemplo, “Terra Sonâmbula” foi considerado um dos 12 melhores livros africanos do século XX e, em 1999, o Prémio Vergílio Ferreira pelo conjunto da sua obra que, entre breve incursão pela poesia (Raiz de Orvalho), crónicas e pequenos contos, e romance, conta com dezenas de títulos.
A obra – “Vozes
Anoitecidas”
“Vozes Anoitecidas”, publicado em 1987 em edição da Associação de Escritores Moçambicanos, é uma colectânea de pequenas histórias em que a vida pulsa pelas veias de personagens improváveis, inacreditáveis, fantasmas… contudo palpáveis, de tão reais.
“Vozes Anoitecidas”, publicado em 1987 em edição da Associação de Escritores Moçambicanos, é uma colectânea de pequenas histórias em que a vida pulsa pelas veias de personagens improváveis, inacreditáveis, fantasmas… contudo palpáveis, de tão reais.
Histórias que são
contadas numa língua surpreendente, o nosso Português, em plena tarefa de
autocriação: usando as regras básicas que a língua tem para criar palavras
novas e usando das “velhas” em contextos inesperados.
Seguidamente à entrega dos prémios e depois de conhecidos
os vencedores, foi inaugurada a exposição dos trabalhos a concurso, na Galeria
de Exposições Temporárias do Museu de Aveiro. A mostra estará patente até ao
dia 9 de dezembro e pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10.00 às
17.00 horas e tem entrada livre.
Com os principais objectivos de
promover a participação de todos os jovens artistas nas áreas que foram a
concurso e o reconhecimento pelo público de novos talentos, o evento organizado
pela Câmara Municipal de Aveiro, recebeu 116 candidaturas oriundas de todo o
país. Os vencedores de cada área receberão, cada um, o prémio no valor de
1.000,00 euros.
Na mostra apenas estarão expostos
os trabalhos que os jurados de todas as áreas a concurso selecionaram, pelo que
serão exibidas 25 pinturas, quatro contos, 15 trabalhos de fotografia e 41 em
Arte Digital.
Instituído pelo 13.º ano
consecutivo, o “Aveiro Jovem Criador” abrangeu as áreas de Arte Digital,
Escrita (conto), Fotografia e Pintura, e destinou-se a jovens artistas com
idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos de idade.
Em seguida, estive presente
no núcleo da AJA Região de Aveiro que promoveu uma sessão
de debate/tertúlia – INTERVIR, JÁ! – em torno do documentário de Miguel Marques
– Pots, pans and others solutions, com a participação de Paulo Esperança.
Foi uma sessão muito participada e só terminou quando tiveram mesmo que fechar a sala...
O dia terminou com um animado jantar com alguns elementos do Grupo Poético de Aveiro e do Aveiroarte, entre outros amigos, no Restaurante Caféína. Houve ainda quem fosse comemorar a noite de São Martinho para o Hotel Moliceiro, com uma bela castanhada. haja energia!!!!!
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AJA,
comunidade de leitores,
Prémio Jovem Criador
domingo, 11 de novembro de 2012
outubro - um mês pleno de atividades
No dia vinte e seis de outubro estive presente na cerimónia de apresentação da obra vencedora do XXI Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres. A obra vencedora foi "Viagem através do nosso distanciamento" do poeta Joaquim Manuel Pinto Serra. Neste concurso fui destacada com uma das duas menções honrosas atribuídas.
A Junta de Freguesia de Fânzeres, na pessoa da sua Presidente Fernanda Vieira e do representante pelo pelouro da Cultura foram amabilíssimos e uns anfitriões notáveis, pelo que aqui fica expresso o meu mais sincero agradecimento.
O meu muito obrigada também ao júri que selecionou o meu livro de poesia "Paixão em cino atos".
Agradecimentos extensivos à proprietária da fabulosa Casa de Montezelo, Drª Margarida Pamplona, pelo seu charme discreto, bom gosto impecável e cuidado posto na nossa receção.
Por último um agradecimento ao Trio Klo, trio de cordas, que tão bem abrilhantou a noite com música clássica e ligeira, tocada em dois violinos e um vionloncelo.
Uma palavra de louvor à organização e à poplulação de Fãnzeres e Gondomar que encheu por completo o Salaão Nobre da Casa de Montezelo e que respondeu com civismo e entusiasmo a uma noite de poesia e música, algo raro nos dias que correm.
No dia vinte e cinco de outubro estive em Aveiro, na reunião de júri para atribuição do prémio na área da literatura do concurso Prémio Jovem Criador 2012. Comigo no júri estiveram Idáli Sá-Chaves, Rosa Maria Oliveira e Maria Alice Sarabando, todas personalidades ligadas ao ensino e à literatura.
Foi atribuído o primeiro prémio a Carolina Pereira Rodrigues com o conto Andorinhas. História cénica de uma memória. Arquivo íntimo. Música (muito) dentro e ainda três menções honrosas: Pedro Paulo Viveiros Câmara com o conto Madrugadas, Marlene Ferraz com o conto A Rapariga do Coração Salgado e Lisandro Mendes Castro com o conto No meu Jardim do Medo. Estes quatro autores e textos foram escolhidos por maioria de entre um universo de 29 trabalhos a concurso. Não foi uma tarefa fácil e exigiu muitas horas de leitura e algumas de discussão. No entanto, foi bom verificar que ainda existem jovens qu se atrevem a mostar os seus trabalhos e a insistir em manter viva a língua e a literatura portuguesa.
Nos dias 20 e 21 de outubro estive presente no encontro Escritos & Escritores, em Avis, a convite da ACA Aviz da qual sou sócia.
O Programa iniciou-se no dia 19 de outubro, sexta feira com a deslocação às escolas dos escritores convidados Joâo Ricardo Pedro e Joana Bértholo e ainda com a tertúlia musical, com a presença de Dinis Cortes. Não pude estar presente nste dia pois testive a trabalhar no meu local de trabalho da profissão primeira, a de professora.
Desloquei-me de Coimbra no dia 20, acompanhada pela escritora Anabela França Pais, da qual fui apresentar o seu romance Não há Inverno sem Lágrimas. É um romance que tem por tema central a infeção por HIV e se situa na cidade de Coimbra. O leitor acompanha a personagem principal no seu percurso pessoal em luta contra o preconceito e a discriminação e em busca da sua estabilidade emocional e afetiva.
Também fui fazer uma nova sessão de apresentação do meu livro de crónicas - Crónicas da vida e da arte. Foi a quinta sessão de apresentação, depois de Coimbra, Condeixa, Aveiro e Oliveira de Azéméis. A apresentar o livro tive o Vice-presidente da Aca, Fernandino Lopes
Deste encontro trouxe quatro livros novos para a minha biblioteca: Cesto Vazio de Glória Marreiros (poesia), A Esmeralda do Rei de Paulo Pimentel (romance histórico), O teu Rosto será o Último de João Ricardo Pedro (romance vencedor do Pémio Leya deste ano) e O Mundo dos Vivos de Pedro Mexia (Crónicas). Foi muti bom conhecer escritores novos como o Paulo Pimentel (que escreve divinalmente!) e o João Ricardo Pedro, ao vivo e a cores.
Gostei muito de rever a escritora Glória Marreiros, que já considero uma amiga e que tão gentilmente quis oferecer o seu livro, e de com ela, o marido , a Anabela e o escritor Tito Olívio, poder admirar as estrelas numa noite fantástica na beleza quase indescritível do Parque de Campismo da Albufeira do Maranhão. Há momentos de felicidade e de plenitude que não necessitam de palavras. Nem sequer as poéticas.
Para rematar, uma menção ao Coral Polifónico de Alter que abrilhantou a noite do dia 20 com a sua música e alegria.
Ao escritor Tito Olívio, um agradecimento público pela oferta , à posteriori e pelo correio do seu livro de poesia, Folhas Novas. Foi um gesto simpático e desprendido: muito obrigada.
Não posso terminar este relato sem agradecer à organização da Aca a hospitalidade imaculada e a simpatia com que sempre me recebe, especialmente nas pessoas do seu presidente, Fernando Máximo e do responsável pela organização deste encontro, Fernandino Lopes. O vosso trabalho é meritório e deveria fazer inveja a muitos organizadores de eventos culturais das chamadas grandes cidades.
No dia treze de outubro moderei a quarta sessão de "Paixões Literárias Partilhadas" da Comunidade de Leitores na Biblioteca Municipal de Aveiro.
Esta sessão foi sobre o autor colombiano Gabriel García Márquez (um dos meus favoritos) e sobre o seu livro autobiográfico " Viver para contá-la". Falou-se de realismo mágico, de como a vida e a obra se interligam, da imagem que o autor tem/faz de si próprio e da interligação entre o jornalismo e a literatura. Falou-se de paixões e de tudo aquilo que nos faz apaixonar por um autor. Foram duas horas de conversa intensa e partilhada. Deixo aqui o meu agradecimento a todos quantos estiveram presentes e quiseram compartilhar paixões literárias.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres
Irei estar presente para a receção da Menção Honrosa que recebi neste concurso com a minha obra Paixão em cinco atos.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Agradecimento a Avis
Agradeço aos organizadores do evento Escritos & Escritores o convite que me foi feito. Foi um evento muito interessante e profícuo, com vozes em "alto e baixo relevo" e uma diversidade enriquecedora. Como sempre os organizadores foram inexcedíveis e todos ficámos a ganhar. Bem-hajam.
Ana Paula Mabrouk
PROGRAMA
|
|
Sexta-Feira,
19 de Outubro
14:00 H Escola Mestre de Avis: Escritor convidado JOÃO RICARDO
PEDRO
Escola
Profissional Abreu Callado: Escritora convidada JOANA BÉRTHOLO
22:00 H Tertúlia Musical - DINIS CORTES
Local: Restaurante do Clube Náutico
- Avis
Sábado,
20 de Outubro
09:30 H | ABERTURA | Vou ler o que escrevi! - CAROLINA RATO |
PAULO ROQUE
10:00 H | MESA 1 | Escrita em Baixo Relevo
PAULO PIMENTEL | GLÓRIA MARREIROS | ORLANDO DA FONSECA
FERNANDES
Apresentação/Moderação: Fernando
Máximo
11:15 H | MESA 2 | Diversidade
na Escrita I
CATARINA GASPAR | PAULO PIMENTEL | ANA PAULA MABROUK |
ANABELA FRANÇA PAIS
Apresentação/Moderação: José Ramiro
Caldeira
12:45 H | p.a.u.s.a
14:30 H | MESA
3 | “O
Papel das Bibliotecas na era Digital”
FÁTIMA DIAS | CARLOS PINHEIRO
Apresentação/Moderação: Marcelino
Rodrigues
15:45 H | MESA 4 | Diversidade
na Escrita II
ANTONIETA FÉLIX| JOANA BÉRTOLHO | ANTÓNIO
MURTEIRA
Apresentação/Moderação: Anabela
Canela
17:15 H | MESA 5 | Diversidade
na Escrita III
JOÃO RICARDO PEDRO| LURDES FEIO| PEDRO
MEXIA
Apresentação/Moderação: Fernandino Lopes
18:45 H |p.a.u.s.a
CORAL POLIFÓNICO DE ALTER
Domingo,
21 de Outubro
10:30 H | Avis Inspira
Sede de uma das mais importantes Ordens Militares Religiosas
portuguesas que tomou o nome da vila para onde no século XII se mudou, Avis teve ainda a particularidade de
dar o nome à mais emblemática dinastia portuguesa. De facto, no ano de 1364,
com apenas 7 anos de idade, D. João, o filho bastardo de D. Fernando e de
Teresa Lourenço foi por seu pai armado cavaleiro e feito Mestre da Ordem
Militar de Avis. Teve a partir de então a seu lado D. Fernão Rodrigues
Sequeira, com quem aprendeu as artes de cavalaria e a quem compensaria com o
mestrado da ordem após a sua subida ao trono, legitimada nas Cortes de Coimbra
(1 de Abril de 1385) e sustentada pela eficácia militar de D. Nuno Alvares
Pereira e pelo apoio decisivo de Inglaterra, na luta contra Castela.
Para além da notoriedade, Avis possui
um valioso conjunto patrimonial, o castelo medieval de que resta parte da
muralha e três das seis torres originais, os paços do concelho medievais, a
cisterna medieval, os edifícios conventuais (igreja, sala do capítulo, refeitório
e claustro), todos manuelinos, o pelourinho (séc. XVI), o conjunto da
Misericórdia – capela, balcão e enfermaria (séc. XVIII), entre outros.
(José Ramiro Caldeira)
Avis Inspira
é um convite a uma visita guiada pelo Centro Histórico de Avis
na manhã do dia 21 de Outubro no âmbito do ESCRITOS & ESCRITORES – AVIS
2012 - 4ª EDIÇÃO, podendo esta, quem sabe, ser uma fonte de inspiração para
mais um conto, uma crónica ou até um romance.
Aceite o nosso convite e Inspire-se em Avis!
19> 21 de Outubro de
2012
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Escritos e Escritores 2012
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Encontro Escritos & Escritos em Avis
É já no póximo fim-de-semana o Encontro dos Escritos & Escritores em Avis. Apareçam pois serão muito bem-vindos.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Agradecimento
Caros amigos e leitores,
quero agradecer a presença de todos quantos estiveram na sessão sobre Gabriel García Márquez, no passado dia 13 de outubro, na Biblioteca Municipal de Aveiro, com especial destaque para os elemetos do GPA.
Muito obrigada a todos.
Ana Paula Mabrouk
quero agradecer a presença de todos quantos estiveram na sessão sobre Gabriel García Márquez, no passado dia 13 de outubro, na Biblioteca Municipal de Aveiro, com especial destaque para os elemetos do GPA.
Muito obrigada a todos.
Ana Paula Mabrouk
“... só se deveriam ler os livros que nos forçam a
relê-los.”
In Viver para
contá-la
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Gabriel García Márquez biografias
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Comunidade de Leitores
Leituras & Reflexões
A quarta sessão da comunidade de leitores será no próximo dia 13 de Outubro pelas 11.00h na Biblioteca Municipal de Aveiro. A moderação estará a cargo de Ana Paula Mabrouk.
Esta sessão será dedicada ao livro “Viver para contá-la”, de Gabriel Gárcia Márquez.
Leiam o livro e venham partilhar as vossas ideias nesta comunidade de leitores que pretende ser um ponto de encontro para os apaixonados pelos livros.
O Autor – Gabriel Gárcia Márquez
O Livro - Viver para contá-la
Nesta autobiografia, Gabriel Gárcia Márquez fornece-nos um guia de leitura para o conhecermos melhor como escritor, dando-nos informações preciosas para melhor compreender muitos dos seus contos e romances. Nela pode-se constatar como o autor vê a função de escritor e como se vê a si próprio e ainda participar das memórias dos seus anos de infância e juventude, que serviram de baú para mais tarde dele retirar um imaginário de fundo para a sua escrita.
domingo, 7 de outubro de 2012
Biografia de Gabriel García Márquez
Gabriel García Márquez, famoso e importante escritor,
jornalista, editor e militante político colombiano, apelidado carinhosamente de
Gabito, nasceu em Aracataca, no
departamento de Magdalena, na Colômbia, no dia 6 de março de 1928.
Seus pais, Eligio García e Luiza Santiaga Márquez
Iguaran, tiveram onze filhos, e para sustentar a família mantinham uma pequena farmácia especializada em
Homeopatia.
Ele passou sua
infância na casa de seus avós maternos, fundamentais para o futuro
escritor, que se inspiraria nestas figuras – o avô, Nicolás Márquez, veterano
da Guerra dos Mil Dias, travada entre liberais e conservadores colombianos e a
avó, Tranquilina Iguarán, para criar as suas personagens, principalmente os que
povoam as páginas de seu clássico Cem Anos de Solidão. Aos oito anos ele perde
o avô, em 1936. A sua famíla então parte de Aracataca, por motivos económicos e
Gabriel conclui seus primeiros estudos na cidade de Barranquilla e depois no
Liceu Nacional de Zipaquirá.
Em 1947 (com
19 anos) transfere-se para Bogotá, ingressa nos cursos de Direito
e de Ciências Políticas na Universidade Nacional da Colômbia, mas não chega a licenciar-se,
enveredando logo em seguida pelo caminho do Jornalismo, quando se muda para
Cartagena das Índias.
Começa no jornal El Universal, seu primeiro trabalho e posteriormente no períódico El Heraldo, no ano de 1949, em
Barranquilha: Nesta mesma época ele integra um grupo de escritores que tinha
como objetivo incentivar a literatura. Em 1954 regressa a Bogotá e trabalha
como repórter e crítico de cinema, iniciando a sua trajetória no El Espectador.
Teve como seu primeiro
trabalho o romance "La Hojarasca"
publicado em 1955.
Em 1955 circula pelo continente europeu pela
primeira vez como correspondente do jornal El Espectador e aí se queda por mais
de quatro anos (Genebra, Roma e Paris). Aí escreve Ninguém escreve ao Coronel (publicado em 1958) e Horas Más (publicado
em 1961).
Com o seu amigo Plinio
Apuleyo Mendoza faz uma viajem aos países
da Europa de Leste (Alemanha Oriental, Checoslováquia, Polonia, Rússia) e
após alguns meses em Londres, decide regressar à América Latina em 1958. Primeiro
instala-se na Venezuela, trabalhando
como jornalista para a revista Momentos.
A sua experiência na Venezuela, especialmente o testemunho do bombardeamento aéreo e o assalto ao
Palácio Presidencial, que culminariam com a derrocada do ditador Pérez Jiménez,
estiveram na origem, 17 anos depois, do seu quinto romance O Outono do Patriarca (1975).
Voltando para Barranquilha, numa visita relâmpago,
contrai matrimónio com Mercedes Barcha,
com quem tem dois filhos, o futuro diretor de cinema Rodrigo García (nascido em
Bogotá) e Gonzalo García (nascido no México).
Depois do triunfo da revolução cubana, em 1960,
trabalha uns tempos em Cuba para a Prensa
Latina.
Esta simbiose entre
literatura e jornalismo é clara em algumas das suas obras narrativas
publicadas, como Relato de um náufrago
(1955), Crónica de uma morte anunciada (1981),
Noticia de um sequestro (1997).
Em 1961 parte para
Nova York, novamente como correspondente internacional, administrando aí a agência de notícias
Prensa Latina, mas suas posições a favor de Fidel Castro levam-no a ser
assediado pela CIA, provocando a sua mudança para o México. Neste país, ele inicia a carreira literária, escrevendo a
princípio roteiros cinematográficos,
artigos para revista femininas e trabalhando em publicidade.
O seu clássico literário, Cem Anos de Solidão (1967), surge
após um longo interregno na escrita criativa, tendo o escritor demorado 18
meses a escrevê-lo. É recebido pela crítica como um marco da literatura da
América Latina, pioneiro num estilo que seria conhecido como Realismo Fantástico.
De 1968 a 1975 o escritor viveu na Espanha (Barcelona), retornando à Colômbia em 1981, mas como na sua terra
natal é acusado pelo Estado de ser colaboracionista da guerrilha, pede asilo
político no México.
Desde 1974, García
Márquez alterna a sua residência entre o
México, Cartagena de Índias, Havana e
Paris.
Em 1982 ele conquista o Prémio Nobel pelo conjunto de
sua obra.
Com parte dos 157 mil dólares
que ganha com o Nobel, decide fundar um jornal diário na Colômbia, chamado o El
otro, em homenagem a um conto de Borges. No entanto, pede a amigos
próximos que o façam funcionar enquanto se instala em Cartagena para escrever O Amor nos Tempos de Cólera (1985).
Em 1986 promove a Fundación del Nuevo Cine Latinoamericano
e funda, com a ajuda do director argentino Fernando Birri, a Escuela de Cine de San Antonio de los Baños,
em Cuba.
Em 1989 escreve O
General no seu Labirinto, um
romance histórico no qual relata o caminho que leva à morte de Simón Bolívar aos
47 anos, pelo rio Magdalena.
Em 1992 escreve Doze Contos Peregrinos, que segundo o
próprio autor se trata de uma coleção de contos curtos, baseados em trechos
jornalísticos.
Em 1994 publica o seu
romance, Do amor e outros Demónios, um romance passado em Cartagena de Índias do século XVIII, que conta os
amores impossíveis entre um
padre de trinta anos e uma marquesa crioula de doze, que devia exorcizar.
Sem nunca deixar de se
sentir jornalista, convence o seu amigo e romancista argentino Tomás Eloy
Martínez para fundarem juntos uma associação de jornalismo, a Fundación para el Nuevo Periodismo
Iberoamericano. Hoje em dia é o seu director o seu irmão, Jaime García Marquéz.
Em 1996 publica Notícia de um Sequestro, uma reportagem romanceada de um
sequestro colectivo, de dez personas (oito delas jornalistas), às mãos dos
narcotraficantes de Pablo Escobar.
A partir de 1999 ele retoma o
jornalismo, assumindo a direção da revista Cambio. Em 2002 (com 74 anos), Gabriel García Márquez lança Viver para Contá-la, autobiografia na
qual ele envereda após descobrir que está com um cancro linfático, o qual tem
vindo a tratar na Ilha de Cuba.
Memória de Minhas Putas
Tristes foi escrito em 2004
por Gabriel García Márquez e publicado em outubro do mesmo ano nos países
de língua espanhola. A sua receção crítica foi bastante polémica.
O seu irmão, Jaime García Márquez , noticia em 2012 que foi diagnosticada
uma demência a Gabriel Garcia Marquez na sequência dos tratamentos contra o cancro, e que, embora
esteja em bom estado físico, perdeu a memória e não voltará a escrever.
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Gabriel García Márquez biografias
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Comunidade de leitores- Aveiro
Caros amigos e leitores,
convido-vos a estarem presentes no próximo dia 13 de outubro na Biblioteca Municipal de Aveiro, pelas 11 h, onde serei moderadora da sessão da Comunidade de Leitores. Esta sessão será sobre a autobiografia de Gabriel Gárcia Márquez, Viver para contá-la.
Conto convosco.
Ana Paula Mabrouk
domingo, 26 de agosto de 2012
Bilal Traoré
Caros amigos e escritores,
o poeta senegalês Bilal Traoré, residente na Galiza, virá a Portugal no próximo fim-de-semana.
Será obsequiado com um jantar do Grupo Poético de Aveiro e estaré presente no espaço Perlimpimpim na Vagueira, no dia 2 de Setembro, pelas 18 horas. Convido-vos a aparecer pois será um evento de poesia com música que irá estimular os sentidos.
Bibal toca djambé e escreve poesia e prosa, para além de ser um ser humano muito simpático e comunicativo.
Deixo-vos um vídeo com uma entrevista dada na televisão de Vigo.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Revista Literatas - Edição 42
Caros amigos e leitores,
nesta edição da revista Literatas foi publicado o meu poema inédito Janela.
janela
do profundo da minha alma gelada
abro a janela para o mundo
e vejo claro, sem flocos de neve,
céu azul, horizonte profundo
Ana Paula Mabrouk
nesta edição da revista Literatas foi publicado o meu poema inédito Janela.
janela
do profundo da minha alma gelada
abro a janela para o mundo
e vejo claro, sem flocos de neve,
céu azul, horizonte profundo
Ana Paula Mabrouk
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Aveiro Jovem Criador
Pelo 13º ano consecutivo a Câmara Municipal de Aveiro promove o concurso "Aveiro Jovem Criador", com tema livre nas áreas de pintura, escrita (conto), fotografia e arte digital. Podem concorrer jovens artistas com idades compreendidas entre os 18 e 35 anos. As inscrições estão abertas até dia 3 de Outubro, mediante entrega da ficha de inscrição na Casa da Juventude de Aveiro.
Prémio final (líquido da retenção de imposto) em cada área: 650€
Prémio final (líquido da retenção de imposto) em cada área: 650€
Para ver regulamento e ficha de inscrição, http://www.h2tuga.net/noticias/5814-concurso-aveiro-jovem-criador-2012.html
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Entrevista a Ana Wiesenberger
1- O que representa, no contexto da sua obra o livro “Idades”?
R- Idades é uma viagem, não À Volta do Mundo, não À Volta do Meu Quarto, mas a jornada de uma vida, que tanto é a da autora, como a dos outros que a lêem. Há marcas no percurso que guiam o leitor até às suas próprias memórias e caminhos percorridos.
2- Qual a ideia que esteve na origem deste livro?
R- Espero levar o leitor a um reconhecimento crítico das suas idades e dos contornos do ser sempre uno e no entanto, díspar ao assumir o fio do tempo e do que é inerente às várias etapas da vida. Gostava também, que o leitor assimilasse no meu texto a leveza, a inocência e a graça do ser humano na sua condição de metamorfose constante.
3- Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R-É difícil dizer o que estou a escrever neste momento, porque eu não premedito os poemas; eles aparecem-me no quotidiano nas mais diversas situações, por isso, ando normalmente munida de um caderninho para os poder guardar por escrito.
Tenho livros em curso, ou seja, estou a organizá-los; um aponta para um registo muito introspectivo, o outro é mais orientado para uma visão do exterior
________________
Ana Wiesenberger
Idades
Esfera do Caos, 9,90€
terça-feira, 31 de julho de 2012
Poemas a integrar a antologia moçambicana
Ir é preciso
Ir é preciso
É urgente
Viajar
Trepar
Filmar
Registar
Ir é preciso
É urgente
Ver
Conhecer
Escrever
Perceber
Ir é preciso
É urgente
Subir
Colorir
Pedir
Sorrir
Ir é preciso
É urgente
Sabor
Cor
Amor
Calor
Ir é preciso
É urgente
Pé ante pé
Fui
Pé ante pé
Devagar
Devagarinho
Transpus
A porta da lei
Kafkiana
Com vontade
De par em par
O mundo lá fora
Sorriu
Com um sorriso largo
E eu
Renascida
Comecei a andar
Um poema não se explica
um poema não
se explica
surge,
agiganta-se
medra e sobe
às alturas
das
entrelinhas
um poema não
complica
vale por si
em cada
lexema
soa a pão
e a sol de
inverno
um poema não
cogita
frutifica
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