segunda-feira, 1 de julho de 2013

Noite quente

noite quente


havia estrelas e suor
brilho no manto nocturno
luzia teu sorriso
abrigo no meu peito
tombaste a cabeça
entre montanhas conquistadas
e constelações de dedos
entrelaçaram-se quentes
persianas de cílios
declaram a noite
e sopros cálidos
varreram o areal
ancorado no tempo
um mar sem ondas
afagou nossos pés
refrescando esperanças
temperadas com fé
nas cousas sonhadas

um astro cadente
rasgou o firmamento
escrevendo na noite
nossos nomes de sal


Ana Paula Mabrouk
in Paixão em 5 Atos
(Ato II)

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