estive de férias bem merecidas e, apesar de longe de Portugal, tive conhecimento da morte de António Feio. Embora esperada, é sempre uma notícia triste, especialmente quando se segue a carreira deste actor/escritor/encenador e muito mais... Ainda há pouco tempo atrás fui assisitir ao espectáculo Vai-se Andando, com José Pedro Gomes. Humor inteligente e uma sarcástica e cáustica análise do Portugal Contemporâneo. Para rir por fora e pensar por dentro...
Uma amiga enviou-me este poema a propósito desta morte. Aplica-se na perfeição.
Exausto
Eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o sono profundo das espécies,
a graça de um estado.
Semente.
Muito mais que raízes.
Adélia Prado, in "Bagagem" São Paulo: Ed.Siciliano, 1993
Para além do poema, gostaria de partilhar convosco as palavras de António Feio sobre o filme Contraluz. vcale a pena ir ver o filme e meditar nele.
"Seize the day!" -aproveitem a vida.
Ana Paula Mabrouk
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