“E neste caos de palavras nasço e morro mil vezes qual Fénix deslumbrante nas suas asas multicolores num monocromático céu azul.”
Crónica I
Video-Livro - «CRÓNICAS DA ARTE E DA VIDA» de... por migueldhera
Este blogue pretende dar a conhecer a actividade literária da escritora Ana Paula Mabrouk e conversar sobre literatura
sábado, 31 de dezembro de 2011
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
O Natal em versão poética
O primeiro poema é uma história já antiga mas que continua atual.
O segundo é uma versão moderna das Bem Aventuranças.
Feliz Natal para todos.
HISTÓRIA ANTIGA
Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação.
Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.
Miguel Torga
Antologia Poética
Coimbra, Ed. do Autor, 1981
O meu sermão da montanha
Felizes dos que não precisam usar máscaras no Natal!...
Por que deles será o 'peru' mais grandioso!
Felizes dos que acreditam em Papai Noel,
mesmo sabendo que ele não existe!
Por que estes jamais terão seus sacos cheios!
Felizes dos que nada querem
pois estes terão o mundo!
Felizes dos que não desejam o céu
nem o inferno...
Por que deles será o Paraíso!
Felizes dos que cantam... sem saber cantar...
por que estes serão os verdadeiros poetas!...
Trecho do Poema, O Meu Sermão da Montanha
do Livro O Toque do Espírito do Fogo no Barro
William Garibaldi Oliveira.
O segundo é uma versão moderna das Bem Aventuranças.
Feliz Natal para todos.
HISTÓRIA ANTIGA
Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação.
Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.
Miguel Torga
Antologia Poética
Coimbra, Ed. do Autor, 1981
O meu sermão da montanha
Felizes dos que não precisam usar máscaras no Natal!...
Por que deles será o 'peru' mais grandioso!
Felizes dos que acreditam em Papai Noel,
mesmo sabendo que ele não existe!
Por que estes jamais terão seus sacos cheios!
Felizes dos que nada querem
pois estes terão o mundo!
Felizes dos que não desejam o céu
nem o inferno...
Por que deles será o Paraíso!
Felizes dos que cantam... sem saber cantar...
por que estes serão os verdadeiros poetas!...
Trecho do Poema, O Meu Sermão da Montanha
do Livro O Toque do Espírito do Fogo no Barro
William Garibaldi Oliveira.
Etiquetas:
Natal
sábado, 17 de dezembro de 2011
É Natal de novo
NATAL EM 3 DIMENSÕES
meu Natal de doce infância
de muitos longes daqui
onde o palmar tem fragrância
de aromas de abacaxi
onde o sol rei e senhor
nos fustiga impunemente
e nos tinge de outra cor…
escárnio de muita gente
meu outro Natal de pinho
bem diferente do primeiro
onde quem vive sozinho
esquenta a alma num braseiro
casas de pedra e de fumo
lareiras de sonhos vãos
outros cheiros que presumo
serem cheiros de outros chãos
meu este Natal de neve
tão diferente dos demais
onde o sonho (mesmo breve)
ainda sonha outros Natais!
OLINDA BEJA
Lausanne, Dezembro de 2011
Publico este poema lindíssimo que uma amiga me enviou da Suíça.
BOM NATAL PARA TODOS
meu Natal de doce infância
de muitos longes daqui
onde o palmar tem fragrância
de aromas de abacaxi
onde o sol rei e senhor
nos fustiga impunemente
e nos tinge de outra cor…
escárnio de muita gente
meu outro Natal de pinho
bem diferente do primeiro
onde quem vive sozinho
esquenta a alma num braseiro
casas de pedra e de fumo
lareiras de sonhos vãos
outros cheiros que presumo
serem cheiros de outros chãos
meu este Natal de neve
tão diferente dos demais
onde o sonho (mesmo breve)
ainda sonha outros Natais!
OLINDA BEJA
Lausanne, Dezembro de 2011
Publico este poema lindíssimo que uma amiga me enviou da Suíça.
BOM NATAL PARA TODOS
domingo, 11 de dezembro de 2011
sábado, 3 de dezembro de 2011
Newsletter do Hotel Moliceiro
Newsletter do Hotel Moliceiro a publicitar a sessão de apresentação da obra Crónicas da Arte e da Vida de Ana Paula Mabrouk.
Cliquem na hiperligação.
http://www.icontact-archive.com/kHO_NNB7_5ioclI05mZymQO3ywBkGWSk?w=2
Cliquem na hiperligação.
http://www.icontact-archive.com/kHO_NNB7_5ioclI05mZymQO3ywBkGWSk?w=2
Etiquetas:
Crónicas da Arte e da vida
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Sessão de apresentação da obra Crónicas da Arte e da Vida em Aveiro
O Hotel Moliceiro e a autora têm a honra de convidar
V.E.ª para a sessão de apresentação da obra Crónicas
da Arte e da Vida de Ana Paula Mabrouk a realizar neste
hotel, no dia 3 de Dezembro (sábado), pelas 21h 30 min.
Coordenação da sessão pela presidente do Grupo
Poético de Aveiro Rita Capucho. Apresentação da obra
por Orlando Figueiredo. Intervenção da artista plástica
(autora das aguarelas)Estrela Caldas. Momento musical
da responsabilidade do pianista Veloso. Breve intervenção
da autora seguida de tertúlia com o público presente.
V.E.ª para a sessão de apresentação da obra Crónicas
da Arte e da Vida de Ana Paula Mabrouk a realizar neste
hotel, no dia 3 de Dezembro (sábado), pelas 21h 30 min.
Coordenação da sessão pela presidente do Grupo
Poético de Aveiro Rita Capucho. Apresentação da obra
por Orlando Figueiredo. Intervenção da artista plástica
(autora das aguarelas)Estrela Caldas. Momento musical
da responsabilidade do pianista Veloso. Breve intervenção
da autora seguida de tertúlia com o público presente.
Etiquetas:
Crónicas da Arte e da vida
Subscrever:
Mensagens (Atom)